Bem-vindo à página de minicursos do 22º Encontro Nacional da Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisas sobre Mulher e Relações de Gênero (REDOR). Abaixo, você encontrará informações detalhadas sobre os 10 minicursos oferecidos este ano, bem como instruções para inscrição.

CART(A)GRAFIAS MULHERES: TECENDO SABERES-FAZERES FEMINISTAS

Ministrante: Dra. Deysiene Cruz Silva 


A presente de minicurso tem como objetivo propor uma cart(a)grafia mulheres de forma que sejam tecidos saberes-fazeres decoloniais através de elaborações de cartas para intelectuais negras de modo a movimentar rupturas epistêmicas e políticas na reinvenção de um novo universo intelectual e teórico que se mostra possível apesar das armadilhas da colonialidade acadêmica. É uma proposição que inspirada Maria Lugones, 2014 pauta uma disputa por um regime, radicalmente, democrático de produção de conhecimento, de ciência e de intervenção antirracista, feminista, decolonial e de resistências ao Sistema Moderno/Colonial de Gênero ainda persistente no mundo da ciência. Serão escritas cartas para intelectuais mulheres, prioritaramente mulheres negras, as quais tem seu legado epistêmico nas discussões decoloniais como: Lélia Gonzalez, Carolina de Jesus, Patricia Hill Collins, Conceição Evaristo, Carla Akotirene, Barbara Carine e tantas outras.  A proposta com as escritas de cartas é o devir de uma experiência reconhecida nacionalmente intitulada de ""CART(a)GRAFIAS INTERGERACIONAIS: sexismo e racismo nas escolas"" que foi a troca de cartas na pandemia entre mulheres e que ao expor suas dororidades recebiam cartas com sugestões de tecnologias de gênero e estratégias antirracistas de enfrentamentos às suas dores. Para respaldar esse minicurso faz-se necessário ancorar-se em: Battistelli (2022), Deleuze e Guatarri (1997), Galeffi (2001), Messeder (2020) e Ronilk (2006). Assim, essa proposta implementada é sobretudo uma posicionalidade para apontar que os caminhos, as rotas, as pistas de uma proposta cart(a)gráfica que para além de traduzir a linguagem dos afetos em escrita de cartas, é uma travessia feminista e decolonial no mundo.


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NARRATIVAS EM COLCHAS DE RETALHOS: ESCREVIVÊNCIAS E HISTÓRIAS DE VIDA

Ministrante: Ma. Viviane Bras dos Santos


Historicamente as mulheres tiveram negadas suas histórias e protagonismos, sendo evidente o silenciamento das suas vozes e escrita dentro de uma lógica machista e patriarcal. Nossos corpos foram vigiados e punidos nas Igrejas, escolas, grupos sociais, famílias, impactando diretamente na construção das nossas identidades e subjetividades.  Por meio da memória, das narrativas e rodas de conversas, conseguimos ter contato com imagens, representações, percepções de acontecimentos, pessoas e fatos passados e presentes que interferiram e interferem em nosso existência e na constituição do que nos tornamos. Por isso, é importante ouvirmos e sermos ouvidas, conhecer as histórias de vida das ancestrais e de mulheres contemporâneas que inspiram e motivam para permanecermos lutando por equidade de gênero, raça e inclusão social. Nesse sentido, as escrevivências associadas às autobiografias são o elo metodológico que nos conduz no percurso da autonomia e empoderamento indo de encontro aos ditames colonizadores que nos oprimem. A prática da escuta e escrita das histórias das mulheres em suas diversidades, é um ato transgressor, contra hegemônico e epistemologicamente decolonial.  Partindo de tais pressupostos temos por objetivo desenvolver uma oficina que possibilite as pessoas acessarem suas memórias, construírem escrevivências em tecidos, conectarem suas histórias de vida e socializarem suas narrativas de forma lúdica, através de uma costura dos fios que formam os tecidos da nossa vida e  ao serem costuradas em outros tecidos, formam colchas de retalhos no tear comum da grande rede que nos une: a rede mulher. Conceição Evaristo assim disse: “Gosto de dizer ainda que a escrita é para mim o movimento de dança-canto que o meu corpo não executou, é a senha pela qual eu acesso o mundo”. Destarte as lembranças de forma direta e indireta influenciam a caminhada das pessoas com as paradas, os descaminhos que deram ao longo da vida, tornando viável o acesso a um “mundo” que em outrora não foi habitado e percebido de forma consciente pelas limitações do corpo, da maturidade, do acesso à informação, do tempo e das relações construídas. A perspectiva teórica dessa proposta está fundamentada na epistemologia feminista decolonial fazendo intersecção com os contextos individuais e coletivos das pessoas que farão parte da oficina. Esta oficina é influenciada pelos marcadores sociais que determinam a existência de muitas pessoas:  ser mulher, pobre, mães solo, sertanejas, educadoras, quilombolas, indígenas, transgêneras, palhaças, feministas, entre outras, que ao longo do tempo tiveram uma vida atravessada por tantas outras mulheres que apesar de seus valores e importância, são desconhecidas, ocultadas e silenciadas no cotidiano das nossas vivências. Compreendemos assim que as histórias de vida tentam identificar as marcas deixadas no caminho, para decodificar direções que podem esboçar novos caminhos e nos costurar no grande tecido da sociedade. 


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BRINQUEDO NÃO TEM GÊNERO: TEM CRIANÇAS E BRINCADEIRAS

Ministrante: Ma. Ana Cecília dos Reis 


Soltar pipa, andar de skate, brincar de bola, boneca, peteca, carrinho, corda, pedaços de madeira, tecidos, papel, papelão, tinta. São brincadeiras de menina ou menino? São brincadeiras de criança, portanto, pode e devem ser brincadas por meninos e meninas. Temas como gênero no brincar tem sr tornado pauta nos diversos espaços de formação inclusive na mídia, problemáticas. É preciso esclarecer que as polêmicas em torno das questões de gênero no brincar não são da criança. A criança não sabe senão viver a sua infância, quem lhe apresenta o mundo é o adulto. Sendo assim, precisamos esclarecer que brincadeira não tem gênero e, por esse motivo, não faz sentido à ideia de que meninas devam brincar de certos jogos e determinados brinquedos e meninos com outros. Isso é apenas reflexo da sociedade em que vivemos e proveniente de uma divisão criada pelo mundo dos adultos tendo como premissa uma cultura machista, misógina e patriarcal. Nesse sentido, é que essa oficina provocará as pessoas participantes a refletirem sobre o que tem prevalecido nessa discussão: o ponto de vista do adulto ou da criança? Chimamanda Adichie enfatiza que é moralmente urgente termos conversas honestas sobre outras maneiras de educar as crianças, na esperança de preparar um mundo mais justo para mulheres e homens. Assim, precisamos nos questionar: por que meninos não podem brincar de boneca se mais tarde poderão ter filhos e vão ter que cuidar, fazer dormir, trocar fraldas e preparar seu alimento? Por que meninas não podem brincar de carrinho, se no futuro precisarão guiar seus carros, motos, pilotar avião, balão ou o que escolherem? Brincar é fundamental para uma criança, é uma importante forma de aprendizagem e de compreensão do mundo, além de fonte de prazer e maneira de expressão. A separação das brincadeiras por gênero é muito prejudicial, pois limita o universo lúdico da criança e é isso que devemos levar em conta. Considerando essas questões se faz necessário desconstruirmos a divisão do brincar em coisa de menino e coisa de menina, dialogando sobre nossas vivências infantis, construindo brinquedos e desconstruindo conceitos e preconceitos sobre o brincar. 


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GESTAR, PARIR E ESTUDAR: CONSTRUINDO ESTRATÉGIAS PARA DIMINUIR A EVASÃO ESCOLAR

Ministrante: Ma. Stefany Paula Pereira da Silva


"Com base no relatório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o Brasil é o segundo país com as maiores taxas de gravidez na adolescência. Os dados apontam para uma estimativa anual de que cerca de 400 mil adolescentes se tornam mães no Brasil. Em paralelo, de acordo com o IBGE, registros apontam que  a gravidez é o segundo principal motivo da evasão escolar de mulheres, ficando atrás apenas da necessidade de trabalhar.

Isso nos indica como a violação de Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos atreladas a outras violações de direitos são um grande contribuinte para a evasão escolar, sobretudo de meninas jovens periféricas e negras. A ausência de políticas públicas específicas que considerem a pluralidade de desafios enfrentados por quem exerce cuidado no Brasil, pautando a permanência dessas pessoas em suas especificidades é um alarme para os dias atuais. 

Ainda que por lei seja assegurado o direito a estudantes em estado de gestação o regime de exercícios domiciliares, a partir do oitavo mês e por até três meses, conforme consta na Lei nº 6.202, de 17 de abril de 1975 (BRASIL, 1975), a lei ainda é insuficiente não só para garantia da permanência de estudantes que estão gestando mas principalmente após parir.  Visto que redes de apoio sejam elas comunitárias, familiares ou institucionais, são realidades compartilhadas por poucas gestantes. 

Por isso, alguns estados e municípios têm construído estratégias autônomas para garantir o direito de meninas e jovens de continuarem estudando. Nosso objetivo é sensibilizar profissionais que atuem nesse campo, compartilhar iniciativas que tenham sido construídas para pensar juntas como podemos construí-las nos nossos espaços e contextos. 


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MULHERIDADES E A PRODUÇÃO DE DADOS PARA O ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DE GÊNERO

Ministrante: Ma. Suzianne Jackeline Gomes dos Santos 


Este minicurso convida a compreender sobre a produção de dados a partir da perspectiva das ciências sociais e do feminismo interseccional. Compreende-se que as evidências apresentadas através de dados (quantitativos ou qualitativos) estão relacionados às formas de produção de conhecimento, o que é considerado como verdade em determinado contexto dentro dos jogos de saber-poder. 

     Ao longo de anos, estudiosas feministas questionam o fato da vida cotidiana ser observada, interpretada, escrita, ouvida e planejada sob o olhar predominantemente masculino e racializado. Essa forma de perceber a realidade também influencia na produção de dados e políticas públicas, com a presença de indicadores que, em sua maioria, utilizam o masculino como categoria única representativa do “ser humano” ou apresentam o binarismo de gênero (feminino/masculino) enquanto categorias universais. 

     Nesse sentido, tem-se como objetivo geral abordar sobre formas de produzir dados para o enfrentamento à violência de gênero contra mulheridades. Entre os objetivos específicos estão:

     1. Realizar aproximações teóricas e conceituais a respeito da produção do conhecimento sobre mulheridades e sobre o feminismo de dados;

     2. Demonstrar diferenças na percepção da violência a partir de dados com categorias universais e de dados com entrecruzamento de categorias;

     3. Apresentar fontes de dados oficiais, contra-dados e bancos de dados de acesso aberto no tema de violência de gênero;

     4. Demonstrar o manuseio em painéis interativos de dados.

     Parte-se das concepções teóricas sobre a pluralidade das trajetórias femininas, considerando as mulheridades, feminilidades e transgeneridades (Letícia Nascimento, 2021), bem como a interseccionalidade (Kimberlé Crenshaw, 2002) de modo a contribuir na discussão sobre como os dados podem produzir ou não um conhecimento que evidencie as diferenças nas situações de violência de gênero praticadas contra mulheres brancas, negras, cisgêneras, transgêneras ou travestis. Além disso, realiza-se aproximações com ideias do feminismo de dados (Catherine D'Ignazio e Lauren Klein, 2020).

     Ressalta-se que os dados expostos no minicurso serão de ordem quantitativa, estruturados nas fontes oficiais, através de dados das organizações governamentais, e também na contraprodução desenvolvida por movimentos sociais e organizações não-governamentais de modo a suprir lacunas e questionar classificações das fontes oficiais, realizando aproximações com a produção feminista de contra-dados, exposta por Catherine D’Ignazio (2024). 

     Como ferramentas para melhorar a compreensão, propõe-se trazer exemplos de dados existentes e demonstrar na prática alguns processos de coleta, com o manuseio em painéis interativos que possibilitam compreender as especificidades das situações de violência de acordo com gênero, raça/etnia e/ou geração. 

     Considera-se que, para o desenvolvimento de políticas públicas de equidade social é fundamental a produção de conhecimento sobre mulheridades considerando as intersecções de gênero, raça/etnia, classe social, idade, sexualidade, identidade de gênero, dentre outros aspectos marcadores de suas vivências. Nesse sentido, busca-se multiplicar o conhecimento e tornar acessível a produção de dados para todas as pessoas participantes do curso, com um olhar nas diferenças que vulnerabilizam e matam predominantemente corporalidades especificas. 


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Grupos de Trabalho I

LITERATURA INFANTIL: COISA DE MENINO OU DE MENINA?

Ministrante: Pedagoga Najara Crisóstomo Ramos e Silva


"Imensuráveis são os benefícios da leitura para o desenvolvimento dos  indivíduos, ela é capaz de nos entreter, de ampliar nossos conhecimentos, de favorecer nossa habilidade de comunicação, de nos impulsionar profissionalmente, de nos fazer refletir sobre o que está posto em nossa vivência em sociedade. Dito isto, precisamos destacar a importância da leitura para as crianças, já que, ela facilita a interação social das mesmas, propicia seu desenvolvimento cognitivo, através da leitura as crianças conseguem compreender o mundo ao seu redor, compreendem valores importantes para a sua construção enquanto cidadãos, como respeito, tolerância, amizade, bondade, honestidade, empatia, aprendem a lidar melhor com as próprias emoções e com as dos colegas, assim como, possibilitam a criação de estratégias para a resolução de problemas. Dessa maneira as salas de aula da educação infantil se apresentam como uma oportunidade ímpar, para que as crianças consigam acessar toda a riqueza que a literatura infantil é capaz de lhes proporcionar, possibilitando o manuseio de livros e através dos momentos de contação de história. Mas, quais histórias estamos contando para nossas crianças? Estamos realmente utilizando esse suporte que nos é ofertado pela literatura infantil, de forma positiva na construção da subjetividade das nossas crianças? Sabendo que, a literatura infantil pode favorecer a desconstrução de preconceitos com relação a diversas questões com as quais esbarramos cotidianamente, inclusive a questão de gênero, estamos na nossa prática de contar histórias priorizando a construção de crianças autônomas, empoderadas, criativas, confiantes,  para além do que a sociedade patriarcal determina como sendo “coisa de menino, coisa de menina” ? As crianças são seres brincantes, criativos, dotados de sensibilidade, apreciadores da ludicidade, produtores de uma cultura que lhes é própria, no entanto, necessitam que os adultos lhes apresentem o mundo e suas infinitas possibilidades. Sendo assim, precisamos refletir sobre o fato de que através das histórias infantis que selecionamos para nossas crianças, podemos estar  legitimando as desigualdades de gênero,  ou, em contrapartida usando-as como ferramenta para a desconstrução de estereótipos de gênero que oprimem determinadas minorias sociais. Chimamanda Adichie enfatiza que é moralmente urgente termos conversas honestas sobre outras maneiras de educar as crianças, na esperança de preparar um mundo mais justo para mulheres e homens. Assim, precisamos nos questionar: por que meninos não podem brincar de boneca se mais tarde poderão ter filhos e vão ter que cuidar, fazer dormir, trocar fraldas e preparar seu alimento? Por que meninas não podem brincar de carrinho, se no futuro precisarão guiar seus carros, motos, pilotar avião, balão ou o que escolherem? Assim como o brincar de fazer de conta é fundamental para uma criança, sendo uma importante forma de aprendizagem e de compreensão do mundo, a literatura infantil é uma forma de arte através da qual ela pode expressar sua criatividade, imaginação, sensibilidade, portanto é por meio das histórias contadas que as crianças são levadas a fazer relação com as realidades vivenciadas, criando um ambiente de respeito à diversidade.


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COSTURANDO LINHAS DE REFLEXÕES DECOLONIAIS ACERCA DA COLONIALIDADE DO GÊNERO

Ministrante: Ma. Ájò Nasidí de Almeida Marques


O minicurso parte do ponto das minhas inquietações enquanto corporeidade que dar nó nas normativas coloniais e das minhas costuras acadêmicas científicas de pesquisa sobre gênero. Apresento-o como um convite para a partir das reflexões que serão apresentadas tecermos auto reflexões acerca de como as dinâmicas de gênero costuram nossas trajetórias de vida, como as normativas de gênero se relacionam com nossa corporeidade e como elas são alinhavadas nas políticas públicas em saúde. A partir disso, tenho o intuito de apresentar e alinhar os pensamentos decoloniais das autoras Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí, Maria Lugones, Viviane Vergueiro e Letícia do Nascimento juntamente com a minhas experiências enquanto corpa não conforme com as estruturas coloniais e a relação dela com o outro/mundo, outro/sociedade, outro/instituições. Como forma de promover um espaço provocativo para auto reflexão acerca das nossas corporeidades e como as dinâmicas de gênero atravessam elas, como as normativas de gênero produzem iniquidades nas trajetórias de vida que não estão conforme com tal norma, olharmos para qual gênero estamos nos situando e quais imagens temos em nossa psique sobre gênero. Por fim, a ideia é que possamos não só ficar provocades e dar forma pela fala sobre tais questões, mas também que possamos tecer imagens outras a partir do trabalho expressivo com as linhas durante o minicurso, como forma de ser o produto imagético-expressivo dessa experiência. 


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JORNALISMO FEMINISTA: COMO É POSSÍVEL ARTICULAR INFORMAÇÃO E POSICIONAMENTO POLÍTICO?

Ministrante: Dra. Maria Gislene Carvalho Fonseca


Este minicurso propõe discutir elementos do jornalismo que o permitem ser tomado como ator político e parte transformadora da realidade social, especificamente no que se refere ao âmbito das discussões de gênero e epistemologias feministas. Tratam-se de pautas caras ao movimento feminista, modos de abordagem, recortes e enquadramentos que fogem da ideia de uma pretensa objetividade (que não é objetiva) ou neutralidade (que tampouco é neutra). E mesmo assim guardam elementos fundamentais à boa prática do jornalismo: apuração, checagem, pluralidade de vozes, credibilidade. Deste modo, vamos discutir sobre como é possível fazer um bom jornalismo com uma marcação política feminista declarada.


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HABITAR O CAMPUS: CARTOGRAFIAS SOBRE CORPOS, MATERIALIDADES, DESIGN E GÊNERO

Ministrante: Dra. Raquel Gomes Noronha 


O minicurso propõe percursos e mapeamentos de espaços, modos de ser e estar no Campus Universitário do Bacanga. A partir dos conceitos de topofilia e topofobia, realizaremos percursos cartográficos para mapear experiências de opressão, prazer, conforto, dificuldades de permanência e acesso, a partir do recorte de gênero, mas não somente, considerando-se a abordagem interseccional e decolonial. O evento consistirá em um momento breve de alinhamento teórico sobre as questões de uso e ocupação do espaço e questões de design relacionadas aos estudos de gênero. O segundo momento é partir para campo,  no intuito de identificar estratégias e táticas de usos normativos e subversivos do espaço universitário frente às lutas contra as diversas opressões impostas pela materialidade e pelas barreiras simbólicas da academia. Ser e estar neste espaço gera implicações de controle de corpos e subjetividades em um aparato biopolítico. Essas percepções coletivas que pretendemos construir com as cartografias envolvem a construção material do mundo, incluindo objetos de usos cotidianos, o equipamento urbano, modos de vestir e usar acessórios, usos de tecnologia, entre outras formas de subjetividade como a própria corporeidade dos participantes.

 

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MULHERES DA FLORESTA E ECOFEMINISMO

Ministrantes: Dra. Iraildes Caldas Torres e Dr. Adson Manoel Bulhões da Silva 


O ecofeminismo como uma corrente de pensamento na Amazônia. As mulheres da floresta indígenas e agricultoras e a conexão espiritual com a Pachamama, a Mãe-Terra. As mulheres, os ciclos da natureza e as práticas de manejo sustentável. As mulheres, a agroecologia e a conservação da biodiversidade; ética da reciprocidade e a aliança delas com o planeta. As mulheres e a manutenção da vida no planeta.



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Grupos de Trabalho I

Formulário de Inscrição - Minicursos REDOR 2024

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